terça-feira, 26 de maio de 2009

Câncer de Pênis: Questão de higiene

Um ato bastante simples, e íntimo, poderia evitar praticamente 100% dos casos de câncer de pênis no mundo: higiene genital, ou seja, lavar o órgão sexual com água e sabão todos os dias ao tomar banho— algo que nos é ensinado desde criança, ou pelo menos assim deveria ser. A doença atinge hoje cerca de três mil brasileiros, na faixa dos 50 anos, segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

A falta de higiene adequada (fundamental, diga-se) gera o acúmulo de secreções e bactérias entre a glande e a pele do pênis. Os principais sintomas da doença são vermelhidão, coceira, feridas que não cicatrizam, pequenos tumores, além de gânglios (ínguas) nas virilhas.

Lavar o órgão sexual diariamente e após as relações sexuais e masturbação é a melhor prevenção.
O câncer de pênis é uma doença típica de países subdesenvolvidos, estando relacionada a fatores culturais, de educação e sócio-econômicos. O Brasil está entre os campeões mundiais, junto à Índia e países africanos. A fimose —obstrução da glande (cabeça do pênis) pelo estreitamento do prepúcio (pele que a cobre) — também é fator predisponente

Percebendo alguns desses sinais, deve-se logo procurar um médico. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, mais chances de cura. Em sua forma mais grave, pode haver a amputação total ou parcial do pênis. E até mesmo levar a óbito.

O problema maior para os urologistas é convencer os homens sobre a gravidade da doença e sobre a importância da prevenção. Estatísticas mostram que mais de 50% dos pacientes demoram mais de um ano para procurar o médico após constatar os primeiros sinais.

“O câncer de pênis corresponde a 2,1% dos casos de câncer no Brasil no sexo masculino. Se você pegar cem homens com câncer no Brasil, dois terão câncer de pênis”, informa o urologista José Hipólito Dantas Jr., presidente da Sociedade de Urologia do Brasil no Rio Grande do Norte.

Segundo dados fornecidos por ele, no ano passado, o Estado registrou dez casos de amputação de pênis, entre parcial e total. “Inclusive um rapaz de 29 anos morreu ano passado e tem um outro homem se tratando de uma amputação parcial no Hospital Onofre Lopes”, diz José Hipólito.

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